A economia criativa é um setor em crescimento que abrange negócios e atividades baseadas na criatividade e no capital intelectual. Diferente das indústrias tradicionais, a economia criativa considera os ciclos de criação, produção e distribuição de bens intelectuais.
Como resultado, esse setor tem se tornado cada vez mais relevante, contribuindo para o crescimento econômico e a geração de empregos.
A economia criativa engloba uma ampla gama de setores e atividades, como cultura, turismo, tecnologia e telecomunicações. Ela se baseia na capacidade das pessoas de criar, inovar e gerar valor por meio de suas habilidades criativas.
Essas atividades não apenas geram renda, emprego e inclusão social, mas também impulsionam o desenvolvimento econômico e cultural de um país.
De acordo com estudos realizados pela consultoria PricewaterhouseCoopers e divulgados pela Secretaria Especial da Cultura, a economia criativa é responsável por 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e gera mais de 1 milhão de empregos formais. Além disso, esse setor apresenta um crescimento médio de 8% ao ano, superando o crescimento geral da economia.
A economia criativa abrange quatro grandes áreas: consumo, cultura, mídias e tecnologia. Cada uma dessas áreas compreende segmentos específicos que contribuem para o desenvolvimento desse setor.
O setor de consumo é um dos principais segmentos da economia criativa em termos de empregabilidade. Ele engloba atividades como publicidade, marketing, arquitetura, design e moda. Profissionais dessas áreas são responsáveis por criar e promover produtos e serviços inovadores, atendendo às demandas do mercado.
De acordo com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em 2019, mais de 365 mil trabalhadores formais estavam empregados nesse setor.
Os profissionais mais bem remunerados incluem diretores de marketing e diretores de contas. Além disso, engenheiros civis e arquitetos desempenham um papel fundamental nesse segmento.
Embora seja a menor área da indústria criativa, a cultura desempenha um papel essencial na economia criativa. Ela envolve profissionais das artes, música, gastronomia e patrimônio cultural. Esses profissionais contribuem para o enriquecimento cultural do país e para a promoção do turismo.
Segundo dados da Firjan, em 2017, cerca de 65 mil profissionais estavam empregados no setor cultural.
Os profissionais mais representativos são os chefes de cozinha, gerentes de serviços culturais e chefes de bar. No entanto, muitos profissionais desse setor enfrentam desafios relacionados à informalidade e à instabilidade financeira.
O setor de mídias abrange tanto os meios tradicionais, como livros, rádio e televisão, quanto os meios digitais. Ele engloba atividades como edição de livros, jornais e revistas, desenvolvimento de conteúdo audiovisual e distribuição de mídia.
Estima-se que cerca de 95 mil profissionais brasileiros trabalhem nesse setor. Locutores de rádio e televisão, jornalistas e editores de texto são algumas das profissões mais comuns nessa área. Diretores de programas de TV e autores/roteiristas são os profissionais mais bem remunerados nesse segmento.
O setor de tecnologia é um dos que mais crescem na economia criativa. Com o avanço da digitalização, cada vez mais empresas de diversos setores estão demandando profissionais de tecnologia para desenvolver e implementar soluções inovadoras.
Segundo estimativas de 2017, mais de 310 mil profissionais formais trabalham nesse setor.
Engenheiros de pesquisa e desenvolvimento, programadores e gerentes de tecnologia da informação são algumas das profissões mais comuns. Os profissionais de tecnologia são bem remunerados e têm um papel crucial no impulsionamento da economia digital.
Além dos setores mencionados, a economia criativa também envolve atividades de apoio que contribuem para o seu desenvolvimento e crescimento.
Essas atividades incluem a indústria de materiais para publicidade, confecção de roupas, impressão de livros e revistas, serviços de engenharia, comércio varejista de moda, entre outros.
Essas indústrias e serviços de apoio são essenciais para a cadeia produtiva da economia criativa. Eles fornecem insumos, ferramentas, maquinário, serviços de engenharia e suporte técnico necessários para impulsionar a criatividade e a inovação.
A economia criativa tem se mostrado um importante impulsionador do mercado de trabalho, oferecendo oportunidades para profissionais criativos em diferentes setores econômicos.
Profissionais da economia criativa, especialmente nos setores de consumo e tecnologia, têm contribuído significativamente para a chamada "indústria clássica".
De acordo com a Firjan, cerca de 180 mil profissionais da economia criativa atuam na indústria clássica, que inclui setores como varejo e serviços.
Esses profissionais trazem consigo habilidades criativas e capacidade de resolver problemas complexos, tornando-se peças fundamentais para o desenvolvimento da indústria de transformação.
Com o avanço da tecnologia e a digitalização, a economia criativa enfrenta desafios e oportunidades. A demanda por profissionais criativos e inovadores está em constante crescimento, especialmente no setor de tecnologia. A criação de novos hábitos e modelos de negócio impulsionados pela tecnologia tem transformado a forma como consumimos produtos e serviços.
No entanto, setores como cultura e mídias têm enfrentado desafios, sobretudo durante a pandemia. Restrições de mobilidade e cancelamento de eventos afetaram negativamente esses setores, levando a perdas de receita e empregos.
Além disso, a informalidade no setor cultural tem sido um obstáculo para a estabilidade financeira de muitos profissionais.
Apesar dos desafios, a economia criativa continuará desempenhando um papel crucial no desenvolvimento econômico e cultural do Brasil. Com a capacidade de gerar inovação, criar empregos e impulsionar a transformação digital, esse setor está no centro das discussões sobre o futuro do trabalho e da economia.
A economia criativa desempenha um papel importante no desenvolvimento econômico e cultural do Brasil. Com setores como consumo, cultura, mídias e tecnologia impulsionando o crescimento, esse setor gera empregos e inovação.
No entanto, desafios como a informalidade e a instabilidade financeira ainda precisam ser superados. Ainda assim, a economia criativa está preparada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a tecnologia e a transformação digital oferecem.
Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!
Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!